Litro da gasolina no Brasil custa, em média, R$ 3,75, segundo a ANPThinkstock
Uma nota fiscal com a comercialização de gasolina entre a Petrobras e uma empresa pública boliviana dedicada à exploração, destilação e venda do petróleo por R$ 1,593 o litro passou a circular nas redes sociais e gerou indignação dos brasileiros. Para o consumidor final no Brasil, o litro do combustível custa, em média, R$ 3,754, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O valor da venda para a boliviana YPBF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) abaixo do encontrado nas bombas de combustível pelo País acontece devido à tributação que a gasolina enfrenta até a chegar nos postos brasileiros.
A Petrobras diz que após comprar o produto brasileiro, a YPFB arca com os custos logísticos para transportar o produto até o destino.
Segundo levantamento da Petrobras, ao abastecer o carro com R$ 100 de gasolina no Brasil, os consumidores destinam R$ 17 (17%) para distribuição e revenda, R$ 14 (14%) pelo custo do Etanol Anidro, R$ 29 (29%) de ICMS, R$ 10 (10%) de Cide, PIS /Pasep e Cofins e R$ 30 (30%) fica destinado pela realização da Petrobras.
A Petrobras afirma que “possui um contrato vigente para a comercialização de gasolina com a empresa boliviana YPFB”. De acordo com a companhia, os preços médios de exportação para o país vizinho “estão alinhados ao preço da venda no mercado interno em Senador Canedo, sem tributos”.
A petroleira estatal destaca ainda que não há incidência de tributos na exportação de derivados e afirma que “não cabe a comparação entre os preços de exportação e de venda no mercado interno”.
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